São Paulo ? Em entrevista à imprensa hoje (25), em São Paulo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), definiu a corrupção no Brasil como "uma praga generalizada que atinge a todos os partidos" e disse que "a crise no Brasil é monumental; mais de 70 pessoas já foram ejetadas dos cargos que ocupavam". Renan defendeu a aprovação de uma reforma política eleitoral "a qualquer preço" para que as eleições de 2006 não aconteçam "com os mesmos vícios e equívocos".
"Nós temos três comissões parlamentares de inquérito funcionando no congresso nacional. E queremos que tudo se conclua, tudo se esclareça, porque a sociedade quer as respostas", disse Renan.
Como meio mais eficaz de combater a corrupção, o senador defendeu "uma reforma política funda, que garanta igualdade de oportunidades e principalmente instrumentos para a fiscalização da Justiça Eleitoral. Se conseguirmos isso, vamos evitar uma nova crise política e uma investigação".
Renan defende ainda que a reforma política ocorra imediatamente por meio de uma "emenda constitucional, para que se possa fazer mudanças antes mesmo de um ano da eleição".
O senador falou à imprensa após ser condecorado com a Ordem do Mérito Latino-Americano, na 21 Assembléia Ordinária do Parlamento Latino-Americano (Parlatino). A comenda também foi entregue ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo. Entre os temas em discussão nesse evento estão o combate à corrupção política e o fortalecimento da democracia.
