Brasília ? A dívida líquida do setor público teve ligeira redução entre agosto e setembro, quando caiu de R$ 973,658 bilhões para R$ 973,450 bilhões, em razão do superávit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros) e da valorização do real em relação ao dólar.
Segundo dados do Banco Central, isso representa redução de 51,8% para 51,4% na relação entre dívida líquida e Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, avaliadas em R$ 1,894 trilhão nos últimos 12 meses.
A dívida bruta do governo geral, que inclui dívidas dos estados e municípios, também teve redução de 75,2% para 75,1% do PIB, apesar do crescimento nominal de R$ 1,412 trilhão para R$ 1,422 trilhão no mês.
Os números estão no relatório de Política Fiscal, relativo ao mês de setembro, divulgado hoje (31) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, no qual destaca o crescimento da dívida mobiliária federal em carteira que chegou a R$ 933,2 bilhões (49,3% do PIB).
A dívida mobiliária aumentou R$ 12,4 bilhões em setembro, como resultado de emissões líquidas de títulos equivalentes a R$ 2,3 bilhões e da incorporação de juros no valor de R$ 10,1 bilhões. Foram emitidos R$ 16,9 bilhões em Letras do Tesouro Nacional (LTN) e R$ 1,3 bilhão em Notas do Tesouro Nacional (NTN), série B, enquanto os resgates de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) somaram a R$ 15,3 bilhões.
Do total da dívida em títulos no mercado R$ 76,5 bilhões (8,2%) vencem ainda este ano, R$ 395,3 bilhões (42,4%) se referem a compromissos para 2006 e os restantes R$ 461,4 bilhões (49,4%) vencem a partir de janeiro de 2007. De acordo com o relatório do BC, a duração média dos títulos públicos federais em oferta manteve-se em 10,7 meses.
