Levantamento divulgado nesta quinta-feira (14) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostrou que a taxa média de juros de operações de crédito para o consumidor diminuiu 0,04 ponto porcentual (0,53%) em agosto ante julho, para 7,48% ao mês (137,65% ao ano). De acordo com a entidade, o número verificado no mês passado igualou a menor marca de 2006, verificada em abril, e atingiu o menor nível desde fevereiro de 2001, quando era de 7,43% ao mês (135,80% ao ano). Em agosto de 2005, a taxa média para as pessoas físicas era de 7,61% ao mês (141,12% ao ano).

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Entre as operações de crédito para o consumidor, a maioria das linhas tiveram suas taxas de juros reduzidas: cheque especial (para 7,95% ao mês e 150,42% ao ano), com baixa de 0,75% sobre julho; CDC-Bancos (para 3,29% ao mês e 47,47% ao ano), com -1 50%; empréstimo pessoal de bancos (5,53% ao mês e 90,77% ao ano) com declínio de 0,72%; empréstimo pessoal de financeiras (11 56% ao mês e 271,62% ao ano), com -0,17%; e juros do comércio (6 20% ao mês e 105,82% ao ano), com baixa de 0,64%. A linha de cartão de crédito foi a única em que não houve modificação: permaneceu em 10,35% ao mês e 226,04% ao ano.

Quanto à taxa média de juros de operações de crédito para empresas, a pesquisa da Anefac apontou redução de 0,05 ponto porcentual (-1,15%), para 4,28% ao mês (65,35% ao ano). Segundo a entidade, o resultado representou o menor nível desde abril de 2002, quando a taxa atingiu 4,26% ao mês (64,97% ao ano).

Selic

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Na avaliação do coordenador do levantamento, o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, as quedas das taxas foram reflexo natural das reduções que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem promovendo na taxa básica de juros, a Selic que, em agosto, foi reduzida de 14,75% para 14,25% ao ano.

Oliveira ressaltou, no entanto, que, enquanto a Selic já foi reduzida em 5,50 pontos porcentuais desde setembro de 2005, quando estava em 19,75% ao ano, "a taxa média de juros para pessoa física foi reduzida em somente 2,66 pontos (de 140,31% ao ano em setembro de 2005 para 137,65% ao ano em agosto de 2006)".

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Apesar de destacar esta diferença, o economista afirmou que trabalha com a possibilidade das taxas ao consumidor continuarem em declínio. Segundo ele, um dos fatores importantes para este movimento, além da queda na Selic, é a "competição entre os bancos".