A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer adotar novas regras para redução das perdas não técnicas provocadas por fraudes e furtos de energia no País. Em entrevista à imprensa após participar de evento do setor no Rio, o diretor geral da Aneel, Jerson Kelman, afirmou que as empresas terão que apresentar metas de redução por áreas dentro de sua área de concessão.

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Cada uma destas sub-áreas serão divididas a partir de um índice de complexidade social. "É óbvio que as perdas provocadas por fraudes e furtos em Ipanema não são as mesmas verificadas na favela do Jacarezinho, por exemplo, apesar de esta modalidade de crime não ser prática única de comunidades de baixa renda", comentou.

Segundo ele, a Aneel vai utilizar a divisão em sub-áreas para comparar os índices regionais com os de outras distribuidoras. "Poderemos, então, trocar experiências bem sucedidas em determinadas áreas com características semelhantes às de outras localizadas em estados diferentes", explicou.

Esta nova abordagem, disse Kelman, só será adotada a partir do terceiro ciclo de revisão tarifária, em 2011. "Até lá, estaremos mantendo as metas de redução média das empresas. É o tempo necessário para que as distribuidoras organizem o perfil de consumo por características sócio-econômicas.

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Segundo Kelman, cerca de 5% da energia gerada no País é "furtada", resultando em perda de R$ 5 bilhões anuais em renda para as empresas e tributos para o governo. "O problema é que este custo acaba sendo embutido nas tarifas que chegam ao consumidor legal", comentou.

No caso do Rio, por exemplo, o custo que as empresas têm com perda de energia representa cerca de 10% da tarifa média de consumo.

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