O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) relativo ao terceiro trimestre do ano, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu nível recorde. Segundo a CNI, o índice ficou em 110,6 pontos. O recorde anterior foi de 106,3 pontos, no segundo trimestre de 2003. "O índice mostra otimismo sem precedentes", diz a CNI. "O forte aumento do Inec, de 11,6% na comparação com setembro de 2005 (o indicador é trimestral) deve-se, sobretudo, às expectativas especialmente positivas quanto às condições futuras da economia", completou.
Os indicadores de satisfação com a vida, de segurança no emprego e de expectativa de renda também foram recordes para a série histórica da CNI. Subiu de 28% no segundo trimestre de 2006 para 34% no terceiro trimestre o número de entrevistados que afirmaram não ter medo do desemprego. Por outro lado, caiu de 29% para 24% os que afirmaram ter muito medo. O total de entrevistados que dizem ter pouco medo do desemprego caiu de 32% para 28% no mesmo período. Com esse resultado, o índice relativo ao desemprego atingiu 104,7 pontos. Segundo a CNI, o indicador não atingia os 100 pontos deste outubro de 1997, início da série histórica. Os números acima de 100 pontos indicam otimismo, e os inferiores e isso, pessimismo.
O indicador relativo à expectativa da renda em geral atingiu 111 4 pontos, patamar 11,8% superior ao registrado em setembro de 2005 e ligeiramente superior ao recorde anterior da série, de 110,9 pontos, registrados em junho de 2003. O indicador relativo à expectativa de evolução da própria renda é igualmente recorde: atingiu 110,8 pontos. Isso representa uma expansão de 9,7% em relação ao registrado em setembro de 2005 e é 3,3% superior ao valor recorde anterior, de dezembro de 2002. A expectativa de queda nas taxas de inflação é outro ponto positivo apontado pela pesquisa.
Os consumidores se mostram satisfeitos com a vida. Esse é um indiciador que atingiu 102,2 pontos – está 3% superior ao registrado em setembro de 2005 e praticamente idêntico ao recorde anterior, de janeiro de 1998. Os entrevistados também afirmaram que pretendem aumentar suas compras no trimestre: o indicador alcançou 103,1 pontos, 7,6% superior ao do mesmo trimestre de 2006. É o quarto crescimento consecutivo desse índice.
Segundo a CNI, "o Inec corrobora a visão de que o crescimento do consumo é a força de estímulo ao PIB em 2006.