A segregação pelo Porto de Paranaguá de soja transgênica tem garantido aos produtores paranaenses a manutenção de mercados em todo o mundo. Esta posição beneficia a quase totalidade dos 116 mil produtores paranaenses que plantam e exportam soja não transgênica. A soja convencional paranaense atende a demanda crescente de importadores da Europa, sudoeste asiático e Japão que rejeitam produtos geneticamente modificados.
Os importadores têm preferido comprar soja através do Porto de Paranaguá porque têm a garantia de que os grãos não são transgênicos, em função da severa fiscalização exercida pela Claspar e pela barreira aos embarques de transgênicos adotada pela administração do terminal.
A liberação do porto para transgênicos beneficiará apenas alguns poucos produtores do Estado, mas atenderá aos interesses de produtores de soja transgênica de outros Estados. Segundo analistas de mercado, será um bom negócio apenas para algumas cooperativas paranaenses que pretendem exportar soja transgênica em detrimento da preferência da maioria dos produtores de soja convencional do Paraná. E um melhor negócio ainda para a Monsanto que pretende dominar o mercado brasileiro de soja, através da venda de tecnologia RR para as sementes de transgênicos.