O secretário particular do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, Ademirson Ariosvaldo da Silva, já chegou à sala de sessões da CPI dos Bingos, no Senado, onde deverá depor, entre outros, sobre suspeita de intermediar ligações telefônicas do ministro com pessoas envolvidas em denúncias de superfaturamento de obras e serviços em Ribeirão Preto (SP).

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De acordo com a comissão, Ademirson falou 1.434 vezes, no período de 26 de abril de 2003 a agosto de 2005, com o advogado Wladimir Poletto, ex-assessor de Palocci na prefeitura daquela cidade do interior paulista. A quebra de seu sigilo bancário mostrou ainda, segundo a CPI, que, de 7 a 13 de julho último, o deputado José Dirceu (PT-SP), cujo processo de cassação deverá ser julgado, amanhã, pelo plenário da Câmara, fez sete ligações para o número de Ademirson, tendo recebido dele duas ligações. O advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, disse à CPI que o telefone celular usado por Ademirson é também usado por Palocci.

Ademirson é assessor DAS-4 do Ministério da Fazenda, onde desempenha o cargo de secretário particular desde 25 de março de 2003. Ele esteve na equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e trabalhou, de novembro de 2002 a janeiro de 2003, no Gabinete Civil da Presidência da República. Em Ribeirão Preto, Ademirson foi diretor financeiro e de investimento do Instituto de Previdência da cidade.

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