O secretário de Comunicação Social do Paraná, Airton Pisseti, recusou-se a atender ao convite feito pela Assembléia Legislativa para explicar as denúncias feitas pelo governador Roberto Requião (PMDB) de que o deputado estadual Edson Praczyk (PL) teria pedido R$ 45 mil com o objetivo de votar com o governo do Estado. Mas, segundo o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), Pisseti dispôs-se a considerar um possível convite da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.

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O presidente da comissão, Nelson Garcia (PSDB), disse que reunirá os integrantes na segunda-feira (20) para decidir o cronograma.

Garcia pretende ouvir todos os deputados que tiveram os nomes citados, além do secretário de Comunicação Social do Paraná.

"Se ele não atender ao convite, vamos procurar meios jurídicos para convocá-lo", afirmou. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa do Paraná foi criada este ano e este será o primeiro caso a ser analisado.

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A denúncia foi feita na semana passada, em entrevista de Requião a uma rádio de Ponta Grossa (PR). Segundo ele, Praczyk teria pedido os recursos a Pisseti. O deputado estadual do PL do Paraná contra-atacou, afirmando que, na verdade, ele e os deputados Renato Gaúcho (PDT), Mauro Moraes (PL) e Chico Noroeste (PL) é que teriam sido convidados para a audiência com o secretário de Comunicação Social. De acordo com Praczyk, no segundo encontro, teriam sido oferecidas verbas às rádios nas quais eles têm programas como uma forma de o governo do Paraná "prestigiar" a base. "A denúncia foi feita e precisa ser investigada até o final", cobrou Brandão.