Carregando faixas com frases como "Chega de Corrupção" e "Contra o neoliberalismo e a política do FMI", os manifestantes pediam o fim da corrupção, protestavam contra a política econômica e as reformas propostas pelo governo e pediam que fossem atendidas reivindicações dos trabalhadores.
"Queremos a anulação das reformas que foram aprovadas sob a égide da crise, especialmente a reforma tributária", afirma o secretário da Executiva Nacional do P-SOL, Martiniano Cavalcanti. Ele destaca que o movimento é a favor de reformas agrária e urbana.
Outras reformas criticadas pelos manifestantes são a sindical e a universitária. O integrante da diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, conhecida por Andes, Antônio Bosi, critica as propostas da reforma universitária e diz que ele é privatizante. "A reforma universitária favorece a transformação do ensino em mercadoria e reserva para as universidades públicas um futuro onde a produção de ciência e tecnologia vai estar cada vez mais vinculada ao mercado".
Antônio Bosi criticou ainda a manifestação realizada, nesta terça-feira, que teve a participação de vários estudantes e a União Nacional dos Estudantes (UNE) como uma das organizadoras. Para ele, o ato não teve uma bandeira clara nem contra a corrupção nem contra aspectos como a política econômica do governo.
A marcha desta quarta-feira foi organizada pelo PSTU, P-SOL, PDT e PPS e tem apoio da Coordenação Nacional de Lutas (ConLutas). A Conlutas é composta por organizações sindicais, movimentos sociais e entidades estudantis.