Secretário diz país já exporta mais de 10% do que produz

Rio – A série de Encontros de Comércio Exterior (Encomex), que realizou hoje (25) em Niterói sua 106ª edição, contribui para o quadro de evolução crescente das exportações brasileiras, na avaliação do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat.

"Quando realizamos o primeiro encontro, em 1997, o Brasil exportava somente 5% do que produzia e os negócios eram concentrados em algumas regiões do país", disse Meziat, acrescentando que "hoje, esse percentual aumentou para mais de 10% e os produtos comercializados foram diversificados".

Segundo o secretário, apesar de ainda ser pequeno quando comparado ao de países emergentes como a China, o volume de exportações brasileiras dobrou nos últimos três anos. O Brasil ocupa atualmente a 23ª posição no ranking dos maiores exportadores mundiais, negociando uma média de US$ 20 bilhões/mês, entre exportações e importações. Até o final deste ano, afirmou, a meta é aumentar para US$ 30 bilhões o valor mensal da corrente de comércio.

Durante o 106º Encomex, o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, anunciou que criará políticas de incentivo à exportação para os setores de moda e artesanato, identificados como grandes geradores de emprego e renda no município. De acordo com dados fornecidos pelo secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, Vítor Júnior, existem na cidade mais de 700 artesãos, que "poderão melhorar suas condições de trabalho e encontrar meios mais profissionais para exportar seus produtos".

No ano passado, com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do ministério, o estado do Rio de Janeiro exportou cerca de US$ 9,004 bilhões. O município de Duque de Caxias lidera o ranking, com US$ 3,9 bilhões e Niterói está em sexto lugar, com US$ 224,2 milhões em exportações.

Para o secretário municipal, o crescimento da indústria naval é o principal responsável pelo comércio externo de Niterói. O saldo comercial do município somou US$ 108,3 milhões no ano passado, o quarto maior do estado, atrás de Duque de Caxias, Rio de Janeiro e Resende.

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