Durante a inauguração do Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Assis Gurgacz, em Cascavel, o secretário da Justiça e da Cidadania, Aldo Parzianello, se manifestou contrário à obrigatoriedade dos exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). ?Não tenho a intenção de criar ou induzir insubordinação à autoridade da OAB, mas pedir a revogação da lei ou extinção da exigência das provas para que recém-formados em Direito possam ser advogados, sem qualquer teste após a conclusão do curso?, opinou. O presidente nacional da entidade, Roberto Busato estava presente a solenidade e comentou sobre o alto índice de reprovação nos exames.
Parzianello esclareceu que sua posição não é uma crítica. Para ele, o caminho está no restabelecimento do respeito aos bacharéis de Direito, para que possam exercer a profissão logo que se formem, e no aprimoramento dos cursos de Direito. ?Não é um exame da Ordem que irá conferir o selo de garantia para o estudante recém-formado, atestando que ele será um advogado bem-sucedido?, disse o secretário. concluindo que as modificações efetivas sobre esse assunto, podem ser realizadas por meio do Congresso Nacional. ?Nada se moderniza, aperfeiçoa, quando há discriminação a qualquer pessoa?, concluiu.
A posição de Parzianello foi aplaudida por muitos estudantes de Direito e pela comunidade do Oeste do Paraná. Também e-mails foram enviados à Secretaria, manifestado apoio ao secretário, como no caso de Cláudio Gilmar Spanhol, que descreveu: ?foi, sem dúvida, um enorme grito, que, através de sua voz, fez e fará ainda mais acadêmicos e instituições de ensino encamparem conjuntamente a luta pela decência nos exames da Ordem?.