Rio – O secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, defendeu hoje (5), uma atuação preventiva da polícia e dos órgãos de defesa, ao comentar as 10 mortes, confirmadas pela polícia, em conseqüência da disputa por pontos de venda de drogas no Complexo de São Carlos, no Rio Comprido, zona norte da cidade.

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"É preciso construir as bases de uma política de segurança pública no país com um conceito não só reativo, repressivo, mas com prevenção", declarou, ao participar da solenidade de diplomação de turma do Curso de Prevenção em Estádios.

De acordo com o secretário, os episódios de violência que acontecem no Rio são apenas uma reprodução do que ocorre em outras cidades grandes.

Ele afirmou que a parcela da população que vive nas favelas precisa ser incluída na rotina e nas decisões da cidade. "Nós elegemos algumas comunidades e criminalizamos endereços. Quando acontece algum incidente, a polícia cerca a favela e nega que há cidadãos lá dentro, mas os dados dizem que em 2020 um quarto da população vai morar em favela. Favela não é um cômodo, mas é a realidade. Tem que ter segurança pública lá dentro", disse.

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De acordo com o secretário, as decisões não podem ser tomadas em função das crises. "Se as crises nos pautarem, nunca vamos construir nada e daqui a 15 anos vamos ser cobrados como nos cobram hoje", disse.

Corrêa citou como exemplo de uma medida preventiva que ele julga bem-sucedida: a formação de guias cívicos junto às comunidades carentes, que atuarão durante os Jogos Pan-americano. "É resultado de um ano de articulação com as comunidades. Quanto mais pessoas da comunidade participarem das políticas e dos grandes eventos, menor é a parcela que fica socialmente rejeitada, e que são os criminosos", afirmou.

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