Secretário da Segurança participa da CPI do tráfico de armas

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, informou aos deputados federais, em Brasília, que foram apreendidas 3,5 mil armas no Paraná em 2003, e 20 mil armas em 2004. Esse aumento se deve, segundo ele, ao incentivo dado aos policiais para a realização de apreensões – no caso, R$ 100 por arma.

Ao participar de audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o tráfico de armas no País, nesta quarta-feira, o secretário informou que será feito um relatório sobre a origem das armas apreendidas, a ser encaminhado à Comissão. A elaboração do documento atende a pedido do relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Delazari criticou, no entanto, a forma como é feita a segurança nas fronteiras brasileiras. Ele afirmou que deveria ser criado um braço da Polícia Federal ou mesmo uma polícia específica para combater os crimes de fronteira. A CPI do Tráfico de Armas ouviu também, nesta quarta-feira, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Getúlio Bezerra Santos.

O secretário de Segurança Pública comprometeu-se a verificar se existe no Estado um controle das armas vendidas, com dados sobre marca, modelo e fabricante. Delazari respondia à pergunta do relator da CPI sobre a viabilidade de um controle desse tipo. O relator acredita que, dessa maneira, seria possível saber a origem de uma arma apreendida, se teria sido fabricada no Brasil ou contrabandeada.

A realidade, no entanto, pode ser bem diferente, ponderou Delazari. "Noventa por cento das armas apreendidas no Paraná são de fabricação brasileira", informou o secretário.

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