Secretário da RF confirma que suspeitos da Navalha estão sendo investigados

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, confirmou nesta sexta-feira (1/6) que cerca de 60 pessoas e empresas envolvidas no esquema de desvio de verbas públicas revelado pela Operação Navalha, da Polícia Federal, estão sob a mira dos fiscais. "Alguns já foram objeto de fiscalização antes da Operação Navalha", acrescentou, sem revelar quais.

Segundo Rachid, é rotina da Receita analisar dados dos contribuintes envolvidos em irregularidades como as reveladas pela Polícia Federal. "Fazemos uma análise com base nas informações das declarações e outras fontes de informação", disse. Os fiscais da Receita podem confrontar as informações prestadas na declaração do Imposto de Renda com outras bases de dados. É possível verificar, por exemplo, se a renda declarada pelo contribuinte é compatível com a movimentação de suas contas bancárias ou o volume de compras que ela faz com cartão de crédito.

Informações sobre imóveis, por sua vez, são cruzadas com dados fornecidos por imobiliárias e cartórios. A Receita também tem acesso a registros de automóveis, embarcações e aeronaves, entre outros. Existem computadores de grande porte na área de fiscalização, apelidados de "Big Brother", que combinam informações de várias bases de dados. Também faz parte do arsenal da Receita uma área de inteligência que, entre outras atividades, monitora notícias de coluna social e do mercado de arte, à cata de sinais exteriores de riqueza. Esses dados podem ser agregados a uma fiscalização.

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