Brasília – O Brasil não corre risco de desabastecimento de carne devido ao foco de febre aftosa identificado no Mato Grosso do Sul. A informação foi dada pelo secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, em entrevista hoje (18) ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM. "Não vamos ter desabastecimento, ao contrário, vamos ter um excesso de oferta de carne, já que Mato Grosso do Sul, que é o maior rebanho que temos no Brasil no momento, não vai poder exportar por pelo menos seis meses", afirma.

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Para Maciel, os prejuízos causados pela suspensão das exportações de carne brasileira vão depender de quanto tempo durar a restrição ao produto brasileiro no mercado internacional, mas devem ser menores do que o do último embargo da Rússia, quando foi detectado um foco de aftosa no Pará. Naquela ocasião, a Rússia, maior comprador da carne brasileira, suspendeu a importação de carne bovina, suína e de frango de todo o país, exceto de Santa Catarina, que é um estado livre, sem vacinação. Desta vez, a Rússia impôs restrições apenas à carne de Mato Grosso do Sul.

Ontem (17), três novos focos de febre aftosa foram identificados no estado: dois no município de Japorã e um em Eldorado, numa fazenda próxima ao local onde foi detectado o primeiro caso da doença. Depois da confirmação de novos casos da doença, 4.656 animais deverão ser sacrificados.

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