Uma parceria entre a Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social e a Organização Médica Clinihauer vai capacitar este ano 40 portadores de deficiência para o mercado de trabalho na área da saúde, para funções de tele-atendimento, recepcionista e telefonista. O convênio foi assinado nessa terça-feira (8) pelo secretário Padre Roque Zimmermann e o diretor da empresa, Jorge Rubens Pfutzenreuter. "Nosso compromisso é privilegiar os mais pobres, os mais abandonados, os que estão em situação de maior vulnerabilidade. No meio dessa população, temos gente que nunca teve chance", disse o secretário.

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Pelo convênio, a Clinihauer se responsabiliza pela capacitação e pagamento de uma bolsa-auxílio de R$ 150 e mais vale-transporte durante os dois meses do curso. Caberá à Secretaria a seleção dos candidatos e o encaminhamento para o mercado de trabalho, por intermédio da Agência do Trabalhador, pelo programa de apoio à inclusão de Pessoas com Deficiência (PPD). Entre as atividades da Agência, ela se encarrega de levantar as vagas de trabalho nas empresas.

A Clinihauer ainda se compromete em absorver parte dos formandos. Serão duas turmas, com 20 alunos cada uma. A primeira terá aulas nos meses de abril e maio, e a segunda em outubro e novembro.

Para a primeira turma, os candidatos já foram selecionados. Os interessados na segunda ainda poderão procurar a Agência do Trabalhador. São pré-requisitos a condição de deficiência (física, auditiva, visual ou múltipla) e conclusão do segundo grau, além de cadastro na Agência do Trabalhador.

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A Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP) também encaminha os interessados ao cadastramento. Os cursos têm carga horária de 160 horas/aulas em cinco disciplinas: 1) postura para o mercado de trabalho; 2) qualidade no atendimento ao cliente; 3) português básico; 4) informática básica; e 5) tele-atendimento.

Mais oportunidades – Além desses cursos, a Secretaria deverá firmar outros convênios na área de mecânica básica industrial com o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal) para início em abril, contemplando 34 candidatos deficientes.

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No ano passado, numa parceria com o Senai-CIC e a Bosch foram qualificadas 75 pessoas, das quais a empresa contratou 30. Os demais estão sendo encaminhados ao mercado de trabalho pela Agência. "Só autorizamos cursos cuja empregabilidade seja altíssima", diz Padre Roque, para justificar os custos. A meta da Secretaria é colocar 1500 deficientes no mercado do trabalho este ano. Em 2004, a meta de mil candidatos foi ultrapassada.