A Secretaria de Estado da Saúde, através da Vigilância Sanitária e da Vigilância Epidemiológica da 4ª Regional de Saúde, com sede em Irati, investiga dois casos de hantavirose que ocorreram neste mês no município de Mallet.

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A hantavirose é uma doença perigosa, que pode ser fatal. É causada por um vírus presente na urina, nas fezes e na saliva dos ratos que vivem no mato (rato do arroz, rato da taquara). Segundo dados da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde, em 2004 ocorreram dez casos de hantavirose no Paraná, sendo que cinco provocaram a morte.

A doença tem maior incidência em áreas rurais, nas regiões onde são usados paióis para armazenamento de grãos e casas que ficam ao nível do chão. A pessoa é infectada pela urina de rato depositada na poeira que, aspirada, se aloja no pulmão.

No começo, os sintomas da doença se parecem com os de uma gripe. A pessoa tem febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e uma tosse seca. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e diarréia. A hantavirose causa rapidamente um deslocamento de líquidos para os pulmões, o que provoca falta de ar e pode matar em poucos dias e até em algumas horas.

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"Nas regiões de corte de pinus já conseguimos diminuir a doença, devido às ações integradas das Vigilâncias municipais e regionais para conscientizar os proprietários sobre a importância de manter seus acampamentos livres de ratos do mato, com a construção de barracos seguros e o armazenamento correto da comida e da ração animal", afirmou Gisélia Rúbio, chefe da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde.

Desde 1992, ocorreram no Paraná 111 casos de hantavirose, sendo que 46 foram fatais. Ao longo desses anos, a maioria deles se verificaram na 5a Regional de Saúde, com sede em Guarapuava, e na 6a Regional de Saúde, com sede em União da Vitória, respectivamente com 35 e 37 casos. Destes, 14 causaram a morte na 5ª RS e 16 na 6ª RS. No Brasil, ocorreram 140 casos de hantavirose em 2004.

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As pessoas com maior chance de pegar hantavirose são aquelas que têm contato com ratos do mato, como agricultores, pescadores, trabalhadores de áreas de reflorestamento, que vivem ou trabalham no campo, que varrem ou dormem em locais fechados há muito tempo, como galpões, paióis, armazéns, casas rurais e casas de campo.