A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informa que os depoimentos dados por Pedro Paulo Pamplona, proprietário da Fazenda São Rafael e Paulo Bonfim, da Fazenda Marco Santo, aos deputados que conduzem a CPI da Terra, na manhã desta terça-feira são irresponsáveis e não correspondem com a verdade dos fatos.
Ao contrário do que foi dito por eles, sob juramento, a Fazenda São Rafael foi desocupada em 24 de maio de 2004. Até a desocupação, e também depois deste fato, o dono da área, Pedro Paulo Pamplona, foi recebido e participou de mais de uma dezena de reuniões na Secretaria da Segurança Pública, com a participação inclusive do secretário Luiz Fernando Delazari. Já na propriedade Marco Santo nunca foram encontrados barracos ou casas de famílias sem-terra que justificassem o processo de desocupação promovido pela polícia.
Em nenhum dos dois locais há sequer um barraco dos integrantes do MST instalado. O que existe é um acampamento na rodovia PR-340, próximo às fazendas, que é vistoriado pela Polícia Militar freqüentemente para evitar que aconteçam novas invasões a estas áreas. O grupo está instalado neste local há quinze anos, desde que foram expulsos dos locais onde viviam, em Rio Pequeno, município de Antonina.
Além das vistorias realizadas pela PM, ainda são mantidas na Secretaria da Segurança Pública, através da Comissão de Mediação de Conflitos Agrários, reuniões freqüentes entre estes dois proprietários e integrantes do MST para resolver de imediato eventuais problemas.
A Secretaria informa também que já recebeu denúncias de crimes ambientais cometidos pelos proprietários destas duas fazendas, que hoje respondem na Justiça pelos delitos constatados posteriormente pela Delegacia do Meio Ambiente e pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná).
Por fim, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná reafirma que a desocupação pacífica de áreas invadidas e a obediência às ordens judiciais são algumas de suas principais bandeiras, tendo realizado, até agora, 88 desocupações, desde o início do governo de Roberto Requião.
