O major Marcos de Castro Palma, 44 anos, é o novo comandante do Batalhão da Polícia Militar de Londrina (5.º BPM). Ele substitui o tenente- coronel Manuel da Cruz Neto, afastado do cargo por determinação do governador Roberto Requião, depois do assassinato de um jovem ser atribuído a policiais militares daquele batalhão. O nome do novo comandante foi definido no fim da manhã desta terça-feira (17), em uma reunião entre o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari e a cúpula da Polícia Militar. ?Escolhemos um policial que conhece bem a filosofia de policiamento comunitário deste governo e, principalmente, é jovem, operacional e tem liderança?, disse o secretário.

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De acordo com o comandante-geral da PM do Paraná, coronel David Antônio Pancotti, o major Palma conhece a realidade da região e é bastante competente. ?Conhecemos o trabalho do major e temos a certeza que ele dará um novo vigor ao policiamento de Londrina. Além disso, ele está sempre nas ruas e isso é muito importante para a condução de uma tropa na solução de problemas?, avaliou Pancotti. Atualmente, Palma trabalha na Divisão de Ensino da Academia Policial do Guatupê, em Curitiba.

Logo depois de ser informado de que assumiria o comando do 5.º BPM, o major afirmou que se sentiu muito surpreso pela escolha e feliz pela confiança que está sendo depositada em seu trabalho. ?Sou muito grato pela confiança que está sendo depositada em mim. Assumo o compromisso de não decepcionar a população de Londrina, que anseia por mais proteção?, concluiu o novo comandante, que deve assumir o posto nos próximos dias.

Afastamento

Manuel da Cruz Neto, deixou a função na última segunda-feira (16). De acordo com o secretário da Segurança Pública o tenente-coronel foi afastado porque ?é inadmissível que um comandante permita que sua tropa cometa crimes ou qualquer outro tipo de abuso?. ?A Polícia Militar tem muito da sua filosofia baseada na hierarquia. É preciso que os comandantes sejam mais firmes, controlem seus policiais?, disse o secretário.

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Jamys Smith da Silva, 20 anos, foi morto na madrugada de domingo (15), depois de ter sido espancado por policiais do 5.º BPM. De acordo com relatos da família do rapaz, Silva dava uma festa em sua casa, quando policiais chegaram para atender à denúncia de perturbação do sossego, pelo volume alto do som. Jamys da Silva teria se recusado a abaixar o volume e, imediatamente, os policiais pediram reforço do Pelotão de Choque e já teriam iniciado as agressões que mataram o rapaz. O Inquérito Policial Militar já foi instaurado e os soldados Juliano Ferraz Dias e Marco Aurélio da Silva Barbosa estão presos e já foram indiciados. Outros policiais que tiveram envolvimento com o crime estão sendo afastados.