A Caixa Econômica Federal liberou recursos na ordem de R$ 800 mil para reforma, restauração e ampliação da sede do Museu da Imagem e do Som (MIS). O Museu – unidade pertencente à Secretaria de Estado da Cultura – é uma referência nacional no que diz respeito ao acervo de áudio-visual e fotográfico da história do Paraná.
Há 17 anos ocupa um monumental prédio histórico, datado de 1890, tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Paraná, à Rua Barão do Rio Branco, 395, exatamente no eixo Barão-Riachuelo, área em processo de revitalização. Devido ao uso sem manutenção há vários anos, o imóvel foi fechado e todo o acervo transferido para o Conglomerado Santa Cândida.
Agora, finalmente, a Caixa Econômica Federal disponibilizou recursos, e a equipe da Coordenadoria de Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura elaborou o projeto e fará o acompanhamento dos trabalhos. Segundo a arquiteta Stefanie Freiberger, o prédio tem características neoclássicas, com elementos que o torna de grande valor cultural. ?O prédio antigo será destinado ao acervo e áreas de exposições. No mesmo terreno construiremos um espaço apropriado para a reserva técnica que deverá ser climatizada?, afirma.
Este prédio foi inicialmente projetado e construído para abrigar a residência do engenheiro civil Leopoldo Ignácio Weiss. No mesmo ano em que ficou pronto, o imóvel foi adquirido, todo mobiliado, pela Fazenda Nacional para sediar a Governo do Estado do Paraná. O palácio foi a primeira sede do Governo do Paraná, que lá permaneceu até 1937 quando o interventor Manoel Ribas adquiriu da família Germater o Palácio São Francisco (atual sede do Museu Paranaense), para lá transferindo a sede do governo em 1938.
A partir dessa data o prédio foi ocupado por diversos órgãos estaduais: Secretaria de Obras Públicas e Colonização, Secretaria do Interior, Chefatura de Polícia, Secretaria do Interior e Justiça, Coordenação do Sistema Penitenciário. Em 1989, o Museu da Imagem e do Som, depois de ter passado 20 anos sem sede, consegue, finalmente, seu endereço definitivo no edifício da Rua Barão do Rio Branco.
O prédio sofreu inúmeras adaptações ao longo dos anos. Contudo, alguns sinais de uma riqueza de tratamento interno são perceptíveis como o arco abatido ladeado por colunas do salão superior, os frisos pintados com motivos florais e a sacada em dois lances do acesso principal ao pavimento superior, que justificam uma cuidadosa restauração.