Com o objetivo de dar transparência a todas as ações e procedimentos voltados à prevenção da febre aftosa no Paraná, a Secretaria da Agricultura publica a Nota Técnica Nº 03/05, que informa sobre os resultados parciais dos exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Belém-PA. O documento também traz as instruções, que devem ser observadas por todos, relacionadas à vacinação dos animais contra a doença.
Segue a nota:
Em conformidade com a notificação de suspeitas de enfermidades vesiculares à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) feita pelo Diretor do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento do Brasil, em quatro propriedades do Estado do Paraná, foram encaminhadas ao LANAGRO/Belém (Laboratório Nacional Agropecuário) materiais do tipo soro sangüíneo de animais suspeitos e de seus contatos, fragmentos de epitélio de animais (bovinos) com sintomatologia de enfermidade vesicular e raspado esofágico-faringeo (PROBANG) ambas, provas de isolamento viral.
Às 18:30 horas do dia 31 de outubro de 2005 foram encaminhados por fax para a SEAB (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná) laudos com resultados parciais a seguir discriminados:
1. Propriedade de Amaporã: de 30 amostras de soros enviadas, resultou: 01 amostra REAGENTE ao ELISA 3ABC* e NENHUMA reagente ao EITB **, aguardando resultados das provas de isolamento viral.
2. Propriedade de Loanda: de 09 amostras de soros enviadas resultou: 01 amostra REAGENTE ao ELISA 3ABC* e NENHUMA reagente ao EITB **, aguardando resultados das provas de isolamento viral.
3. Propriedade de Grandes Rios: de 35 amostras de soros enviadas resultaram: 11 amostras REAGENTES ao ELISA 3ABC* e 02 amostras REAGENTES ao EITB**, aguardando resultados das provas de isolamento viral.
4. Propriedade de Maringá: de 32 amostras de soros enviados resultaram: 03 REAGENTES ao ELISA 3ABC* e NENHUMA ao EITB**, aguardando resultados das provas de isolamento viral.
Estes resultados ainda não oferecem informações suficientes para diagnóstico conclusivo das suspeitas, pelas quais se aguardam os demais resultados.
Por determinação do MAPA e da DDSA, os estabelecimentos de criação de bovinos circunvizinhos (interditadas num raio de 10Km) às propriedades suspeitas estão TEMPORARIAMENTE proibidas de fazer vacinação contra Febre Aftosa, até que sejam concluídos os trabalhos de saneamento das suspeitas e sob investigação. Assim como as interditadas por terem ingresso de animais dos 5 Municípios considerados de Risco Sanitário do Mato Grosso do Sul,desde 01/08/05 e suas circunvizinhas.
A suspensão temporária da vacina tem como objetivo apoiar o trabalho de delineamento amostral, para estudo de avaliação de circulação viral nos animais desta região, sem que haja interferência da vacinação nos resultados das provas usadas para tal procedimento (amostragem sorológica). Este procedimento facilitará ao serviço de Defesa Sanitária Animal comprovar que o trabalho de saneamento foi efetivo e eficaz, propiciando assim que o estado seja novamente considerado como ?Área Livre de Febre Aftosa que pratica Vacinação? em um prazo mais breve possível.
