O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) contribuiu de forma significativa para a elaboração da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que foi uma iniciativa do Poder Executivo. Essa atitude é um auxílio às entidades patronais e ao governo no sentido de permitir que a legislação garanta que os pequenos negócios floresçam de forma saudável e permanente. A afirmação é do novo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, em entrevista à Rádio Nacional.
Recém empossado no cargo, ele explicou que esse esforço foi desenvolvido em decorrência da observação de que o Brasil tem uma "burocracia pesada" e uma "carga tributaria complicada", que dificultam os negócios e promovem a concorrência desleal.
Na avaliação de Okamotto, quando abrem os seus pequenos negócios, muitas vezes os empresários não têm as informações suficientes. Nesse sentido ele pretende "revolucionar" o atendimento da entidade, de maneira a permitir a qualquer pessoa que queira abrir um negócio entender sobre tudo o que ela pode fazer para que seu empreendimento tenha sucesso. Okamotto, lembrando que "as estatísticas mostram que 50% dos pequenos negócios no país quebram em menos de dois anos."
Como ex-diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Okamotto acredita que seu conhecimento da instituição facilitará um pouco o seu trabalho. Como prioridade na sua gestão ele aponta o foco na geração de resultados. "Hoje, temos uma metodologia para gerar resultados e montamos uma gestão orientada para o resultado nestes dois últimos anos", salienta. Ele explica que esta metodologia significa que em todos os projetos do Sebrae, os clientes são parceiros no alcance das metas.
De acordo com o novo presidente, o desenvolvimento econômico do país está muito ligado às pequenas empresas. "Quando ele é puxado por setores de exportação e do agronegócio possibilita milhares de pequenos negócios", analisa, mostrando que com este crescimento os pequenos negócios ficam ativados, o que permite a introdução de mais tecnologia e mais inovação. Para Okamotto, é preciso canalizar o benefício deste crescimento para que ele seja melhor aproveitado pelas pequenas empresas.