Seae pede aprovação da venda da Kaiser para a Femsa

Brasília – A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, recomendou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que aprove, sem restrições, a venda da cervejaria Kaiser, pertencente ao grupo canadense Molson Coors, para o grupo mexicano Femsa. A operação foi anunciada em 13 de janeiro.

O Cade vai julgar, em data ainda a ser definida, se o negócio entre as cervejarias pode prejudicar o consumidor ou a concorrência. Quando duas empresas se fundem, há risco de a nova empresa resultante da operação concentrar uma fatia muito grande do mercado sob seu poder e, com isso, ganhar fôlego para impor preços ao mercado.

A Seae analisa o negócio sob o ponto de vista econômico e elabora um parecer que serve de subsídio aos conselheiros. Em seu parecer sobre a Kaiser-Femsa, a Seae explica que, embora o negócio envolva duas empresas multinacionais, todo o impacto se dará sobre o mercado brasileiro. Daí a necessidade de o governo analisar a transação. Além disso, lembra o parecer, a Kaiser é uma cervejaria de origem brasileira.

A análise técnica da Seae ressaltou que a operação não prejudica a concorrência no mercado de cerveja no País porque a Kaiser já produz e distribui a cerveja Sol (marca da Femsa) no Brasil. Ou seja, para a Seae, não haverá concentração de mercado com a fusão porque as relações comerciais entre a Kaiser e a Femsa não serão alteradas.

Com o negócio, o controle da Kaiser passou para as mãos da Femsa, que ficou dona de 68% da empresa. A transação, segundo estimativas do mercado, atingiu US$ 68 milhões. O valor representa menos de 10% dos US$ 765 milhões que os canadenses desembolsaram para adquirir o controle da Kaiser, em março de 2002.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo