Só terão direito à nova linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e apoio à exportação para o setor automotivo com juro menor as empresas que se comprometerem a manter o mesmo nível de emprego e, até mesmo, ampliá-lo. A afirmação é do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que explicou esta manhã que as empresas que não se comprometerem com o nível de emprego poderão continuar utilizando outra linha de crédito do BNDES já em funcionamento.

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A nova modalidade de linha de crédito será discutida hoje à tarde no Palácio do Planalto. Além de Luiz Marinho, participarão da reunião o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, dirigentes da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e sindicalistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará, às 15 horas, a nova linha de financiamento às exportações das montadoras. O anúncio será feito com as presenças de dirigentes da CUT e da Força Sindical. A liberação de recursos com juros abaixo daqueles oferecidos atualmente será condicionada ao compromisso das empresas de manter ou ampliar empregos. Essa condição é antigo pedido dos sindicatos dos metalúrgicos ligados à CUT, que alegam que o governo não deve liberar recursos públicos para empresas que demitem trabalhadores.

Já a criação de uma linha especial para exportação é reivindicada há vários meses pela Anfavea, que reclama de perdas de contratos por causa da valorização do real frente ao dólar. A medida é um complemento ao pacote cambial anunciado ontem, também reivindicado pela indústria automobilística e outros setores exportadores.

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