SBPC propõem mudanças para reforma universitária e para o ensino médio

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) propôs mudanças na Reforma da Educação Superior e para o ensino médio. Em reunião na sede da entidade realizada, nesta sexta-feira, com Fernando Haddad, ministro da Educação, na capital paulista, os cientistas manifestaram preocupação com os rumos da educação no país, sobretudo por avaliarem que "não há uma política de estado para o setor", de acordo com um dos vice-presidentes da sociedade, Celso Pinto de Melo.

O presidente da SBPC, Ênnio Candotti, entregou ao ministro Fernando Haddad uma carta com sugestões de modificação em pontos da reforma universitária, cujo anteprojeto está na Casa Civil, e ao ensino médio. Para o nível superior, uma das propostas é elevar o número de docentes com doutorado para o reconhecimento de qualquer instituição como universidade.

Outra proposta é exigir, de entidades que pretendam setornar instituição de ensino superior, que ofereçam um mínimo de três cursos de mestrado e três de doutorado ? um para cada área (ciências humanas, exatas e biológicas).

Em relação ao ensino médio, o documento propõe ação efetiva e orçamento adequado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio (Capemp). Segundo o Ministério da Educação (MEC), a função da coordenadoria é promover a formação continuada de professores de ciências, mediante cooperação institucional.

A SBPC entende que a Capemp deveria oferecer "estabilidade e continuidade aos programas ? de longo prazo ? de apoio ao ensino médio e ao fundamental e o aperfeiçoamento dos professores dessa área, particularmente no ensino das ciências e matemática".

Ennio Candotti disse que apóia a criação do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O ministro Fernando Haddad avaliou como "positivo" o encontro com os pesquisadores. Além de integrantes da SBPC, participaram representantes de 31 sociedades científicas.

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