O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, defendeu hoje estudos para a construção do chamado Gasoduto do Sul, que ligaria as reservas venezuelanas à Argentina. Segundo ele, o projeto pode ser viável dependendo do volume de gás natural que vai transportar.
Respondendo a críticas feitas pelo secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, que classificou a proposta de irresponsável, Sauer disse que o gás venezuelano poderia chegar ao Brasil a menos de US$ 5 por milhão de BTU, valor inferior ao cobrado pelo gás boliviano e pelo gás nacional.
O diretor da Petrobras admitiu que há obstáculos a serem transpostos e que é um projeto de longo prazo. Mas listou o gasoduto entre os principais empreendimentos de integração energética do continente.
"No começo da década de 80, quando os alemães anunciaram que importariam gás da Rússia, o presidente americano Ronaldo Reagan disse que os europeus estavam se jogando nos braços do império do mal e que morreriam de frio por falta de gás. A história mostrou que os americanos estavam errados e que a proposta de integração na Europa estava correta", afirmou o executivo, que listou os gasodutos ligando a Rússia à Europa como os principais exemplos de que a integração com a Venezuela deve ser analisada.