Os moradores de Curitiba que tomaram caldo de cana no período de 1º de fevereiro passado até o último dia 20 em municípios do litoral Norte de Santa Catarina devem se dirigir a qualquer unidade municipal de saúde para realização de exames de detecção da Doença de Chagas. O alerta é da Secretaria Municipal da Saúde, diante da ocorrência de um surto da doença em Santa Catarina, com 19 casos confirmados e três óbitos.
Na Capital, até o momento foi confirmado um caso da Doença de Chagas, cujo paciente – que passa bem – consumiu caldo de cana no município de Navegantes. A doença é infecciosa, causada pelo parasita Trypanosoma Cruzi. A Vigilância Sanitária Municipal está fiscalizando os pontos de venda de caldo de cana, para verificar as condições de higiene do local e a procedência do produto. As equipes vão manter a fiscalização nos próximos dias. Dúvidas da população ou maiores informações sobre a fiscalização e realização de exames nas unidades de saúde podem ser obtidas pela Central 156.
As áreas de risco com suspeita de contaminação de cana pelo barbeiro, transmissor da Doença de Chagas, são os municípios de Navegantes, Itajaí, Penha, Piçarras, Barra Velha, Araquari, Joinville, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapema, Camboriú, Balneário Camboriú, São Francisco do Sul e Itapoá. A preocupação, segundo os médicos, é que a doença muitas vezes não apresenta sintomas no seu início, evoluindo tempos depois para um quadro crônico, com comprometimento cardíaco ou digestivo. Daí a importância do diagnóstico precoce.
Nas unidades de saúde, as pessoas com sintomas ou não da doença vão fazer dois exames de sangue, um venoso e outro da polpa digital (dedo), para identificação da presença do parasita Trypanosoma Cruzi, transmissor da Doença de Chagas. As equipes das unidades também estão aptas a providenciar os primeiros cuidados em pacientes com sinais da doença. Na fase aguda da doença, o paciente apresenta febre, mal estar geral, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, diminuição do apetite, ínguas e inchaço na face e membros inferiores.
As orientações da Vigilância Sanitária aos vendedores de caldo de cana são as seguintes: manter as canas elevadas e em locais limpos; a cana deve estar protegida de insetos, poeira e outros vetores; fazer a raspagem da cana antes da moagem; descartar canas com rachaduras; manter coletores para lixo sempre tampados; o lixo deve ser acondicionado em sacos próprios e resistentes e deixados para a coleta regular. Os consumidores também devem ficar atentos, só consumindo o produto em locais limpos e seguros.