O Ministério da Saúde aumentou o apoio ao Programa Saúde da Família nas cidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), indicador usado para analisar as condições de educação, renda e tempo de vida de uma população.
Além de garantir mais dinheiro para o programa, foram contratados mais 7,435 mil agentes comunitários de saúde. Com isso o número de famílias carentes visitadas pelos agentes foi reduzido de 575 para 300.
As mudanças beneficiam 450 cidades localizadas na Amazônia Legal com menos de 50 mil habitantes e municípios com até 30 mil habitantes localizados em outras regiões do País.
De acordo com a coordenadora da área técnica de Gestão da Atenção Básica à Saúde do Ministério da Saúde,Maria do Socorro Matos, a idéia é igualar o atendimento médico em todo o País. “O Ministério da Saúde reconhece enormes desigualdades de acesso aos serviços de saúde entre as várias regiões do País. Portanto, é necessário ter uma política com ações para equiparar essas deficiências no atendimento”, informa a coordenadora.
Os critérios usados pelo ministério levam em conta o índice de desenvolvimento humano e o número de habitantes das cidades. “É necessário ter uma política no financiamento da atenção básica à saúde. Nesse sentindo, adotamos como requisitos para aumentar os recursos para o Programa Saúde da Família o IDH e a população do município”, disse Maria do Socorro, acrescentando que quanto mais baixo o IDH e maior a população mais recursos o ministério repassará para o programa da cidade
Marilene Leite é agente comunitária de saúde na cidade de Itacoatiara, no Amazonas. Ela conta que todos os dias faz oito visitas e trabalha principalmente para evitar as doenças.
“Nós trabalhamos com a prevenção. Orientamos as crianças de como evitar a cárie e aplicamos flúor. Nós também falamos aos pais sobre a importância da vacinação e do combate aos vermes para o crescimento sadio das crianças. Além disso, orientamos sobre planejamento familiar, prevenção ao câncer de útero e próstata, hipertensão arterial, diabetes e prevenção da dengue, olhando o quintal das casas visitadas”, afirma a agente.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, essas mudanças vão beneficiar 30 milhões de pessoas em todo o País.
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