Em caráter preventivo, o setor de epidemiologia da 15º Regional da Saúde pede que a população dos municípios da região de Maringá se mantenha atenta a casos em que possa haver suspeita de pneumonia atípica. Embora não tenha sido registrada nenhuma ocorrência em solo brasileiro, as autoridades sanitárias paranaenses consideram fundamental uma maior atenção por parte das pessoas em função da proximidade com o Paraguai. O país recebe considerável fluxo de viajantes procedentes da Ásia, continente onde a doença vem se expandindo rapidamente.
Conhecida como síndrome respiratória aguda grave, esta forma de pneumonia apresenta sintomas como febre acima de 38ºC, tosse seca, calafrios, dor muscular, fadiga e dificuldade para respirar. A médica Norico Misuta, da 15º Regional de Saúde, em Maringá, lembra que a forma de transmissão mais provável é a direta, em pessoas que tiveram contato íntimo com os pacientes.
Existe um fator agravante: antibióticos e antivirais não são suficientes para controlar a doença. A maior incidência é entre adultos, incluindo equipes médicas que prestaram assistência. Pacientes suspeitos são submetidos a isolamento respiratório e a barreiras respiratórias.
Em três a quatro dias, a doença evolui para dispnéia ? dificuldade em respirar. Em 80 a 90% dos casos, ocorre significativa melhoria a partir do sexto dia. Porém, entre 10 e 20% das ocorrências, há o agravamento do quadro clínico, ocorrendo insuficiência respiratória aguda. A pessoa sofre com quadro de síndrome de angústia respiratória. Há necessidade de entubação e ventilação mecânica.
A 15ºRegional recomenda às secretarias municipais de saúde para manutenção do estado de alerta na rede de vigilância epidemiológica do SUS, visando ser detectado de maneira precoce qualquer caso suspeito. A médica Misuta adverte para “atenção redobrada” quando houver aumento inusitado de atendimentos por infecção respiratória, especialmente na rede hospitalar.
Além de estar se espalhando rapidamente na Ásia (China, Tailândia, Vietnã e Cingapura), a pneumonia atípica faz vítimas também em países do hemisfério Norte como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Irlanda, Itália, Reino Unido, Suíça e Romênia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já foram registradas 1.408 ocorrências, com 53 óbitos.
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