A satisfação do consumidor de energia elétrica com os serviços prestados pelas distribuidoras do País atingiu, no ano passado, o segundo menor nível desde 2000, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começou a calcular o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc).

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Segundo a Aneel, a média nacional do Iasc em 2005 foi de 61,38, em uma escala de zero a 100, superior aos 58,88 apurados em 2004 mas inferior à nota de todos os anos anteriores. Em 2003, a média nacional do índice foi de 63,63; em 2002, de 64,51; em 2001, de 63,22 e, em 2000, de 62,81.

O número de 2004, porém, o único superior ao de 2005, não foi considerado pela Aneel no cálculo dos reajustes de tarifas, em virtude de problemas na apuração dos dados.

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, disse que essa tendência declinante na satisfação dos consumidores – desconsiderando-se o resultado de 2004 – pode ser atribuída a diversos fatores, não necessariamente associados aos serviços prestados pelas distribuidoras, uma vez que, segundo ele, de 1999 para cá, as empresas reduziram a freqüência e a duração das interrupções no fornecimento de energia.

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Um dos fatores a influir nessa evolução pode ser o preço da conta de luz. "A percepção dos consumidores pode estar sendo afetada pelos custos dos serviços, que têm subido principalmente pelo aumento dos encargos", disse Kelman.

Segundo ele, questões mais subjetivas podem afetar o humor dos consumidores, como o cenário macroeconômico na época em que a pesquisa é feita. Além disso, analisou Kelman, às vezes o consumidor honesto avalia como antipáticas algumas ações das distribuidoras, como a repressão aos furtos de energia (os chamados "gatos"), sem perceber que essas ações o beneficiam.

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