A reforma tributária chegou ao Senado e deve ser aprovada até o final deste ano. Afirmando estar com a sensação de dever cumprido, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), entregou hoje ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o texto aprovado em dois turnos na Câmara.
Acompanhado de líderes da base aliada do governo e do relator da reforma, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), João Paulo disse que a Câmara sai fortalecida depois de cinco meses de trabalho, com a aprovação em tempo recorde de duas reformas. ?A Câmara sai fortalecida, pois a reforma foi muito discutida com a participação de todos os partidos, concluindo em tempo recorde os seus trabalhos?, afirmou o presidente da Câmara.
O presidente do Senado declarou que a Casa deve garantir a retomada do desenvolvimento econômico com a aprovação das duas reformas. O parlamentar explicou que as reivindicações dos governadores em relação à tributária serão ouvidas, mas que a reforma a ser feita será aquela de interesse do país: ?os governadores são interlocutores legítimos porque eles são responsáveis por cada unidade da federação e compõem a visão geral do que é a União e, portanto, nós devemos ouvi-los e receber suas reivindicações, mas fazer a reforma que seja de interesse do país?.
Sobre as críticas feitas pelos governadores ao texto, João Paulo ponderou que a reforma no seu conjunto é boa para o país. “Criticam o Fundo de Desenvolvimento Regional, mas o Fundo não existia. Então, em razão do que não existia, ele é bom. Não é possível pegar a crítica de uma árvore e tentar comprometer a floresta toda. Eu acho que dá para o Senado corrigir eventuais problemas e atender mais ainda aos governadores”, afirmou.
A reforma tributária também vai passar por dois turnos no Senado. Caso seja aprovada, sem modificações no texto da Câmara dos deputados, a reforma seguirá para sanção do Presidente da República. Se modificada, ela retorna à Câmara para novas votações.
