Sarney diz que medidas provisórias dificultam atividades do Congresso

O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), fez hoje (16) duras críticas à edição de medidas provisórias (MPs) ao defender que elas sejam utilizadas somente em casos específicos para a política econômica ou em casos de calamidades públicas, por exemplo.

Durante entrevista coletiva para emissoras do rádio, o parlamentar declarou que as MPs dificultaram os trabalhos do Congresso Nacional este ano devido ao tempo gasto pelos parlamentares para discutir os conteúdos das medidas.

Sarney lembrou que constituiu uma comissão especial para tratar do assunto. "Nós estamos vendo agora qual é o último veneno da medida provisória, está matando o Congresso dia-a-dia como poder legislativo, por exemplo, nós fomos verificar o que nós passamos e maior parte do tempo foi relativo a discutir medidas provisórias", destacou.

Questionado sobre a possibilidade de presidir o PMDB, o senador afirmou que não faz planos políticos. Avaliou que o quadro político do Senado no próximo ano deve se manter, uma vez que a maioria não pode impor sua vontade à minoria. Lembrou ainda que o governo ainda precisa construir sua maioria parlamentar.

O senador disse que não pretende antecipar sua sucessão, mas acha que o atual líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL) é o candidato mais "visível" para sucedê-lo. "É um grande nome do Senado e acredito que ele tenha grandes chances", destacou.

Sarney reiterou que o PMDB passa por uma crise política e reafirmou que o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), adotou um lado, "uma facção", o que não deveria ser papel de um presidente de legenda. Ponderou, no entanto, que o momento é de o partido consolidar-se, apesar dos problemas pessoais.

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