Xavier Deregel/AFP
O atacante da seleção francesa, de 32 anos, chegou à sede do governo num carro oficial que foi buscá-lo, em plena pista, no aeroporto perto de Paris onde a delegação vinda da África da Sul desembarcou.
Centenas de jornalistas estavam à espera no Eliseu, mas o carro de Thierry entrou e saiu por uma porta lateral.
A presidência destacou, via assessoria, que o encontro entre o presidente e o jogador era particular, pelo que não haveria a divulgação do conteúdo da conversa.
Apesar da péssima atuação, Thierry Henry foi quem pediu o encontro com o chefe de Estado.
“Vamos ver o que ele quer falar comigo. Se não desse atenção a esse problema, reclamariam, mas não tenho a intenção de intervir sempre nestas questões”, afirmou Sarkozy durante o encontro semanal do gabinete.
O presidente francês se pronunciou sobre a questão na quarta-feira, depois da humilhante eliminação dos franceses; houve uma reunião dele com o primeiro-ministro, Francois Fillon, e ministra dos Esportes, Roselyne Bachelot.
O presidente quer que as autoridades do futebol francês se reúnam a partir de outubro para tratar de uma renovação do futebol nacional.
Devido à audiência de Thierry com o presidente, foi anulada uma reunião prevista para esta quinta-feira com ONGs que trataria da Cúpula do G20, neste final de semana no Canadá.
“Para Nicolas Sarkozy, Thierry Henry vale mais do que 3 bilhões (de pobres)”, reagiu, indignada, a direção da Coordenação Sul, organização que agrupa cerca de 130 ONGs e associações francesas.