Prefeitura paulistana publicou edital para projeto de integração entre ônibus e adoção de tarifa única, sistema utilizado em Curitiba há três décadas
São Paulo, o maior conglomerado urbano da América do Sul, vai implantar a integração e a tarifa única no sistema de transporte coletivo municipal. O modelo proposto pela prefeitura paulistana é muito parecido com o iniciado em Curitiba há três décadas e consolidado há cinco anos pelo prefeito Cassio Taniguchi.
A licitação para a formatação do sistema foi aberta na semana passada pela prefeita Marta Suplicy. A intenção de levar para São Paulo o que deu certo em Curitiba já havia sido anunciada em abril pela assessora técnica da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, Ana Odila Paiva Souza, durante durante o Fórum de Desenvolvimento Urbano Sustentável, que aconteceu no Parque Barigüi.
“O sistema integrado de Curitiba serve de modelo para todas as cidades brasileiras”, afirmou Odila. “Isto aconteceu porque em Curitiba houve uma continuidade nos últimos 30 anos que nós, em São Paulo, não conseguimos manter.”
Odila é coordenadora do Projeto de Requalificação do Transporte Coletivo de São Paulo, programa municipal que vai dividir a cidade em oito lotes para o gerenciamento do sistema. Os lotes serão concedidos diretamente pela Prefeitura para empresas privadas.
Atualmente todas as 1,2 mil linhas de ônibus da cidade são administradas por uma empresa pública que terceiriza o serviço. “Não temos um verdadeiro sistema de transporte, não existe um serviço público eficiente sendo prestado. Queremos desenvolver um sistema bem-estruturado”, disse ela.
O novo mapa do transporte público, dividido em oito lotes, prevê a extinção de 46% das atuais 1.576 linhas de ônibus e lotações da capital paulista. A idéia é acabar com os trajetos longos, que atravessam diversos bairros em direção ao centro expandido, racionalizando os custos do transporte.
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