Depois de anunciar a prorrogação dos contratos do goleiro Bosco e do atacante Leandro até o fim de 2009, a diretoria são-paulina corre contra o tempo para resolver a situação do zagueiro Miranda. O jogador, que pertence ao Sochaux, da França, tem contrato até o fim da Libertadores.
"Ainda estamos conversando. Não tem nada definido. Talvez se resolva até a próxima semana", disse Miranda, que já fez 28 jogos e marcou um gol desde que desembarcou no Morumbi, no segundo semestre do ano passado. "Eu diria que 80% está certo, mas enquanto não estiver no papel, 100%, não dá para comemorar.
Segundo o jogador e a diretoria, restam alguns detalhes para concretizar a negociação. O certo é que o Sochaux não aceita emprestar novamente o atleta. Por isso, o São Paulo terá que abrir o cofre para segurar o zagueiro, que chegou para substituir o uruguaio Lugano. Vale lembrar que o clube francês pagou cerca de ? 3 milhões ao Coritiba para levar Miranda embora em 2005.
"Os dois clubes estão em tratativas. Não posso revelar o valor que estamos oferecendo na negociação, mas esperamos acertar logo", confirmou o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva. A diretoria são-paulina tenta repetir a rapidez demonstrada nos casos de Bosco e Leandro, cujos contratos estavam longe do vencimento – o do goleiro seria no fim do ano, e o do atacante, apenas em dezembro de 2008.
"O bom é que a diretoria do São Paulo está sendo eficiente. Eu disse ao Sochaux que preferia permanecer, e eles estão abertos a negociar. A intenção é renovar por mais três anos", afirma Miranda, cuja vontade de continuar no São Paulo leva em conta a seleção brasileira. Ele acredita que no Morumbi terá mais chances de chamar a atenção do técnico Dunga do que num clube francês de segunda linha.
O zagueiro tinha esperança de ser lembrado pelo técnico Dunga após os cortes de Alex e Luisão – Edu Dracena e Naldo foram os convocados. "A visibilidade é maior aqui do que na França", ressalta. "O São Paulo teve a defesa menos vazada no Campeonato Brasileiro do ano passado e acho que isso faz com que eu fique mais perto. Quem sabe eu não seja lembrado num futuro próximo.