O Corpo de Bombeiros teve bastante trabalho nesta noite em São Paulo. Um caminhão da empresa de lixo Eco RBS e uma lotação foram incendiados, em supostas ações do Primeiro Comando da Capital (PCC). Também aconteceram princípios de incêndio em uma fábrica de colchões, em um depósito de ferro velho e em um supermercado, todos na capital. Apesar dos ataques, bairros boêmios da cidade ferveram.

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O ataque ao caminhão de lixo aconteceu pouco antes das 23 horas, na rua Otelo Augusto Ribeiro, em Guaianazes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém ficou ferido. Também não aconteceram prisões.

A lotação foi incendiada por criminosos por volta da 1h25, na altura do número 1.200 da Avenida Fernando Mendes de Almeida, no bairro de Parada de Taipas, zona oeste da capital. Duas guarnições do Corpo de Bombeiros foram para o local. Também neste caso, de acordo com a polícia, não houve feridos nem foram localizados os autores do atentado.

Pouco antes de meia-noite teve início um incêndio numa fábrica de colchões na Avenida Itaquera, no jardim Santa Maria, próximo à Cohab I de Itaquera, zona leste da cidade. Soldados de nove guarnições do Corpo de Bombeiros foram chamados para combater as chamas. A polícia não sabe se o fogo foi acidental ou de origem criminosa. Também nesse caso não há informações sobre a existência de feridos.

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Não houve feridos também no incêndio de pequeno porte que atingiu, à 0h30, um supermercado na Rua Aranha de Menezes, na Vila Constância, zona norte de São Paulo. Os bombeiros, em pouco tempo, controlaram a situação.

À 1h30, os bombeiros foram chamados para debelar um incêndio em um depósito de ferro velho, na Avenida Ema, no bairro Vila Ema, zona leste. O incêndio começou por volta da 1h30, mas também era de pequeno porte e, segundo os bombeiros, a situação foi normalizada sem dificuldades.

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Os ataques do PCC durante a semana não impediram que os paulistanos saíssem à rua ontem à noite. Na Vila Madalena, bairro conhecido pela grande quantidade de bares e casas noturnas, por volta das 3 horas da madrugada, o movimento era intenso.

"O atentado que aconteceu aqui durante a semana foi um ato muito pontual, para causar impacto, não creio que vão fazer isso de novo, assim, no mesmo local", disse Iris Franco, de 36 anos, psicóloga, ao se referir ao ônibus incendiado na noite de quinta-feira, na esquina das ruas Aspicuelta e Fidalga.

Também na Praça Sílvio Romero, no Tatuapé, muitos bares e muita gente. "Sinceramente, esses ataques não influenciaram em nada na minha vida. Não vou deixar de sair por causa disso", disse a estudante Priscila Gomes, de 21 anos.