O São Paulo não conta mais com Amoroso. E o atacante é esperado nesta quarta-feira à tarde na Itália para fazer exames médicos e assinar contrato com o Milan por um ano e meio.
Amoroso não apareceu mesmo no CT da Barra Funda nesta quarta-feira pela manhã, quando o elenco se apresentou ao técnico Muricy Ramalho. O presidente Marcelo Portugal Gouvêa e a diretoria tinham esperança de que o jogador cumprisse o que havia sido combinado na véspera e viesse mais tarde para assinar o contrato que o ligaria ao clube por três temporadas.
Mas no início da noite o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha já falava de Amoroso no passado. "Perdemos um grande jogador, isso é ruim, mas não é o fim do mundo. O São Paulo já perdeu Serginho Chulapa, Careca, França, Luís Fabiano e continuou forte. E agora também vai continuar", analisou Cunha. "O Amoroso nos deu muitas alegrias em seis meses, não temos motivo para reclamar dele."
No meio da tarde, após Leonardo confirmar em entrevista à Rádio Bandeirantes o interesse do Milan por Amoroso, o presidente são-paulino garantia que o comportamento do atacante não o decepcionava. "Ele não tem contrato assinado, então é livre para fazer o que quiser. Se combinou uma coisa e depois mudou de idéia, paciência. Não é a primeira nem será a última vez que vejo isso acontecer no futebol."
Gouvêa disse que não há comparação entre a situação de Amoroso e a de Paulo Autuori, que deixou o clube depois de dizer que ficaria. "O Paulo tinha contrato até 31 de dezembro de 2006 recebeu uma oferta muito boa e nos disse que não poderia recusar. O Amoroso está sem contrato e não tem nenhuma obrigação com o São Paulo. Se ele quiser pegar o avião e ir para a Itália, pode ir."
Na Itália, o técnico do Milan, Carlo Ancelotti, também falou sobre o jogador e revelou que quando era técnico da Juve pediu sua contratação, que na época jogava na Udinese foi vendido ao Parma por US$ 30 milhões. "Ele é um grande jogador e valia todo esse dinheiro."