O São Paulo faz figa. Depois de seduzir o empresário do atacante Dagoberto, do Atlético-PR, com uma proposta tentadora na última sexta-feira, a diretoria do Tricolor, agora, torce para que o clube paranaense não arrume nenhum concorrente da Europa disposto a levar o jogador, de 23 anos. O motivo: o Atlético Paranaense ainda sonha em vender a sua maior jóia por R$ 16,2 milhões – valor da multa rescisória do contrato de Dagoberto.
No entanto, para sorte do Tricolor, a missão dos paranaenses é complicada. Desde que entrou em atrito com os dirigentes do Furacão, Dagoberto deixou claro que só sairia para o exterior se fosse para defender um clube de ponta da Europa. Nada de aventuras pelo futebol de países emergentes, mas com clubes de alto potencial financeiro, como Rússia e Ucrânia. Japão, então, nem pensar! Não é à toa que nem quis saber de especulações que o envolviam com Paris Saint-Germain e Monaco, da França.
Não bastasse ter de encontrar um clube de alto nível e com ‘bala’ para desembolsar quase R$ 20 milhões, o Atlético-PR ainda sofre com o problema de falta de tempo. Afinal, a janela de transferência no futebol europeu vale para o mês de janeiro. Porém, quase todos os negócios já estão fechados, já que os clubes se mobilizam o quanto antes para evitar a concorrência e para o jogador se adaptar à nova casa.
Diante desses dois problemas, o manda-chuva do Furacão, Mário Celso Petraglia, que conversa diretamente com o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, se vê pressionado a definir a situação do atacante o mais rápido possível. Afinal, a partir de março, a multa rescisória de Dagoberto cai para pouco mais de R$ 5 milhões. O Tricolor está disposto a pagar essa grana desde que o atleta seja liberado imediatamente. O chefão do Atlético-PR não quer falar sobre o assunto. ‘Não tenho nada a declarar’, disse Petraglia.
Ao mesmo tempo em que tenta garantir Dagoberto, o São Paulo aguarda pacientemente uma resposta do volante Mineiro, que tem contrato até o fim do mês – o Tricolor oferece mais quatro anos.