Os quatro gols desperdiçados por Alex Dias comprometeram o São Paulo na fase decisiva do Paulista. O que poderia ter sido uma partida fácil acabou se transformando em um pesadelo para os mais de 25 mil são-paulinos que foram ao Morumbi neste sábado à tarde. O empate por 1 a 1 para o Noroeste manteve o time em segundo lugar com 30 pontos – um atrás do líder Santos, que neste domingo receberá o Ituano na Vila Belmiro.
O time de Luxemburgo abrirá quatro pontos de vantagem se vencer. E o resultado ajudou até o instável Palmeiras, que ficará dois pontos à frente do time do Morumbi se derrotar a Ponte Preta no Parque Antártica. "Em jogo difícil não pode desperdiçar gols. Fizemos isso durante todo o primeiro tempo. O resultado foi esse", disse Muricy Ramalho. "Chance a gente criou. Só não marcamos", afirmou o atacante Leandro.
Ninguém tinha coragem de dizer abertamente o nome que irritava a todos: Alex Dias. Os motivos vieram à tona aos três minutos, aos cinco, aos sete e aos 20. Quatro gols desperdiçados frente a frente com o goleiro Mauro.
Pisando na bola, tropeçando, chutando fraco, Alex Dias conseguiu jogar fora a blitz que Muricy havia planejado para decidir a partida logo no início. Os gols não vieram e isso mudou o rumo do importante confronto.
O São Paulo ficou nervoso, inseguro. A torcida sentiu a queda psicológica e quando percebeu que não viria a goleada se deixou contagiar e passou a pressionar a equipe. Em compensação, o Noroeste passou a tocar a bola com muito mais confiança. Aos 41 minutos, em um contragolpe, Leandrinho acertou a trave esquerda de Rogério Ceni.
No intervalo, Muricy tirou Alex Dias da partida e apostou em Lima. Mas ele entrou quase tão mal quanto o titular. O único atacante lúcido do São Paulo na partida fez a sua obrigação marcando um gol de oportunismo. Rogério Ceni lançou para a frente, Danilo desviou a bola nas costas e a bola sobrou para Thiago, que tocou cruzado na saída de Mauro: 1 a 0, aos nove minutos.
Mas a equipe de Bauru não se intimidou. Comandado por Lenílson, o Noroeste adiantou o meio e pressionou a saída de bola do time de Muricy. Foi a vez de sentir saudade de Lugano, André Dias, Mineiro (suspensos) e Júnior (machucado).
A defesa do São Paulo dava espaço demais para o ataque de Bauru e pagou por isso aos 16 minutos. Lenílson deu excelente lançamento para o veloz Leandrinho. Ele chegou na frente de Alex e chutou, Rogério Ceni conseguiu defender parcialmente, mas a bola voltou para Leandrinho. Aí não houve escapatória: 1 a 1.
Os nervos dos jogadores de Muricy voltaram a atrapalhar. O time correu, lutou, mas não coseguiu o gol salvador. E ainda levou alguns sustos em contra-ataques do Noroeste. Muricy sacou o zagueiro Alex e colocou Leandro, mas não adiantou muito. A vitória já tinha sido jogada fora por Alex Dias no primeiro tempo.
