Há apenas nove meses, o torcedor do São Paulo podia se gabar de ter o melhor time do mundo. Porém, os títulos perdidos ao longo do ano – do Paulistão e da Copa Libertadores – e a queda de produção do time no Campeonato Brasileiro evidenciaram as deficiências do elenco e da comissão técnica, que já são pressionados dentro e fora do clube. Hoje contra o Boca Juniors, às 22 horas, no Morumbi, a equipe tem a chance de conquistar a Recopa Sul-Americana e diminuir, em parte, as críticas que vem sofrendo.

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?Claro que o Brasileiro é muito mais importante, porque faz 15 anos que o São Paulo não o conquista, mas estamos dando muito valor à Recopa?, garantiu o técnico Muricy Ramalho. ?Ganhar do Boca é sempre um acontecimento?.

Eis aí o principal problema do time no jogo de hoje: conseguir a vitória. Embora só precise do triunfo por 1 a 0 para ficar com a taça – perdeu o primeiro jogo por 2 a 1, em Buenos Aires -, derrotar os adversários tem sido tarefa complicada – incluindo o revés na final da Libertadores, foram apenas três resultados positivos em dez jogos.

A falta de confiança tem atrapalhado o time. Ao detectar o problema, Muricy decidiu mudar o discurso e, ao invés das broncas, tem procurado apoiar o grupo. ?Tem hora para tudo. Agora não é momento de dar ?porrada?, nem se desesperar?, explicou o treinador. ?Temos dois jogos importantíssimos e se vencermos, poderemos reverter tudo isso?.

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Além do Boca Juniors, a segunda decisão dos são-paulinos nos próximos dias será o duelo contra o Internacional, um dos concorrentes direto pelo título brasileiro, domingo, no Morumbi. ?São dois campeonatos completamente diferentes, mas se derrotar o Boca, o time ficará mais motivado?, disse Muricy. ?Nosso combustível é ganhar?.