As visitas do primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, a um santuário que glorifica criminosos de guerra condenados voltou a causar tensão na Ásia neste domingo. O governo da Coréia do Sul alertou a Koizumi que protestará pelas vias diplomáticas se o chefe de governo visitar o santuário Yasukuni no aniversário da rendição japonesa na Segunda Guerra Mundial. Em Tóquio, mais de mil manifestantes participaram do terceiro dia consecutivo de protestos contra a visita.
Ao mesmo tempo, tanto a Coréia do Sul quanto a China negaram o teor de uma reportagem segundo a qual Pequim e Seul teriam sugerido que aceitariam visitas de futuros líderes japoneses ao santuário Yasukuni se Koizumi não fosse mais ao local durante o atual mandato.
Koizumi deve deixar o governo japonês no próximo mês, mas acredita-se que ele visitará o santuário Yasukuni na terça-feira – aniversário do fim da guerra na Ásia.
Uma visita numa data tão sensível poderia abalar ainda mais as relações de Tóquio com seus vizinhos, que já exigiram em diversas ocasiões que Koizumi suspenda tais visitas.
O santuário Yasukuni homenageia cerca de 2,5 milhões de japoneses mortos em guerras do passado, inclusive diversos criminosos condenados e executados depois da Segunda Guerra Mundial.