A estratégia do Santos para segurar o ataque do Grêmio, na primeira partida das semifinais da Libertadores, nesta quarta, às 21h45, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, é matar as jogadas na origem. "O nosso meio-de-campo está bem preparado para destruir o máximo possível das jogadas", disse o zagueiro Ávalos depois do treinamento no campo do J.Malucelli, em Curitiba.
"Tem que chegar lá e jogar futebol, não ficar preocupado em só se defender, mas sim jogar de igual para igual e encarar o Grêmio de frente", disse o técnico Vanderlei Luxemburgo, que comandou um treino coletivo e fez mistério ao ser questionado sobre o esquema que utilizará no jogo.
Ele treinou com dois zagueiros – Ávalos e Adailton -, mas o volante Rodrigo Souto ficou bem recuado. É possível que, na partida, o técnico utilize três zagueiros, com a entrada de Marcelo e a saída do atacante Jonas, que foi titular ontem. Nos dois mata-matas anteriores da Libertadores, Luxemburgo utilizou o esquema com três zagueiros fora de casa.
A novidade foi o goleiro Fábio Costa, que treinou pela primeira vez depois da fratura no dedo indicador da mão esquerda sofrida no jogo da semana passada contra o América, do México, na Vila Belmiro. Ele permaneceu fazendo exercícios depois que os outros jogadores já tinham se dirigido para o ônibus.
No Grêmio, a ordem de Mano Menezes é fazer um gol o mais rapidamente possível para então administrar a vantagem.
"Estamos atuando em casa, portanto temos a obrigação de conquistar um bom resultado", disse Mano Menezes, cuja equipe obteve viradas nas duas fases anteriores de mata-mata – quando começou perdendo em casa, para São Paulo e Defensor, e conseguiu a classificação no Olímpico. "Será um duelo extremamente parelho e quem sair com vantagem tem mais chances".
A ordem é sufocar o rival, mas sem se descuidar na defesa. "Não podemos tomar gol de nenhuma forma. Se for para ser empate, que seja por 0 a 0.
O técnico ainda não sabe se terá o meia Tcheco. Mas promete não inventar. Se não contar com o capitão, usará um substituto com características semelhantes. "Nossa tônica sempre foi a organização. Agora não é hora de inventar." E, se o Santos chega animado por estar invicto na Libertadores, o Grêmio devolve a empolgação: vem de 10 vitórias seguidas atuando em casa. Números que projetam um grande jogo.
