Foi mais difícil do que o esperado, mas o Santos fez sua parte ao derrotar o Coritiba por 1 a 0, neste domingo, no Couto Pereira, em Curitiba, e impedir que o Atlético-PR se distanciasse na liderança do Campeonato Brasileiro. O time de Vanderlei Luxemburgo jogou bem menos do que os torcedores esperavam, mas se manteve a dois pontos do rival (81 a 79) e garantiu a emoção nas rodadas finais da competição.
Os visitantes estavam visivelmente mais interessados no jogo e criaram as melhores chances. Basílio desceu pela direita e cruzou para Deivid, que foi empurrado por Miranda, mas Wagner Tardelli não marcou o pênalti.
O Santos quase abriu o placar aos 30 minutos, quando Deivid pegou de primeira o cruzamento da direita, mas acertou o travessão de Fernando. Oito minutos depois, em novo cruzamento, Antônio Carlos assustou Fernando. No escanteio batido por Ricardinho, o zagueiro cabeceou bem e a bola passou perto.
Apesar da disposição do Santos, o primeiro tempo teve poucas emoções. Com esquemas táticos semelhantes – três zagueiros e dois atacantes -, faltou criatividade ao meio-campo das duas equipes para criar jogadas ofensivas. "A marcação estava muito forte, mas nós também erramos muitos passes", comentou o santista Ricardinho. O Coritiba ameaçou apenas uma vez. No último minuto antes do intervalo, Tuta cabeceou forte, depois do cruzamento da esquerda, mas Mauro defendeu sem problemas.
Na etapa final, a apatia do time da casa aumentou, mas o time de Luxemburgo continuou com dificuldades para superar o bom posicionamento dos zagueiros adversários. Porém, a salvação paulista veio justamente num erro defensivo do Coritiba. Aos 20 minutos, em seu primeiro lance, Marcinho – que entrou no lugar de Zé Elias – lançou para a área, mas Capixaba cortou mal e encobriu Fernando. O goleiro ainda tentou salvar, mas espalmou nos pés de Deivid, que não teve trabalho para abrir o marcador.
As chances de reação do Coritiba acabaram logo depois do gol do Santos, com a expulsão de Aristizábal. O colombiano entrou no lugar de Laércio e ficou em campo apenas 11 minutos – tempo suficiente para discutir com Fabinho, xingar o árbitro e receber o cartão vermelho. Um dos poucos destaques da partida, Marcinho teve a última chance de gol aos 34, quando arriscou da entrada da área, mas não conseguiu bater Fernando.