Quatro dias depois de derrotar o São Caetano e sair do Morumbi com o bicampeonato paulista, o Santos enfrenta nesta quinta o Caracas, às 18h30, na Vila Belmiro, em busca de uma vaga nas quartas-de-final da Libertadores. Como empatou por 2 a 2 no jogo de ida, na Venezuela, os santistas se classificam com um empate por 0 a 0 ou 1 a 1, mas os jogadores querem uma vitória para presentear o técnico, que hoje completa 55 anos.
"A festa será pela classificação, que muda toda a história da equipe no ano, e o melhor presente para o mestre será a vitória" disse Pedrinho. "Vamos jogar para ganhar, que é a nossa característica. Principalmente porque sabemos que esse é o segundo jogo e se não confirmarmos a classificação, não haverá uma nova chance.
Pedrinho será titular, já que Luxemburgo vai escalar o time que saiu jogando na final do Paulistão, com Maldonado improvisado na lateral-direita e Cléber Santana mais recuado, como segundo volante. E o meia não vê risco de o time ser vitimado pela ressaca das comemorações do título estadual, e promete que não haverá relaxamento.
"Depois da derrota por 2 a 0 no primeiro jogo com o São Caetano, bateu um desânimo muito grande no grupo", disse. "Não saía da cabeça da gente a dificuldade que teríamos para fazer dois gols num time que marca tão bem. Parecia que os treinos, as concentrações, a excelente campanha da fase de classificação e tudo o que havíamos feito antes tinha ido água abaixo. O que nos devolveu a motivação foi a preleção do Luxemburgo, mexendo com o emocional de todos", disse Pedrinho.
Confiante, o jogador afirma que o Santos correrá riscos contra o Caracas se entrar em campo pensando que é favorito. "Se formos analisar a qualidade técnica, os brasileiros são superiores, mas na Libertadores, inexplicavelmente, todos se equivalem e nem a maior qualidade faz diferença.
A chuva ontem pela manhã mudou a programação da equipe titular, que fez apenas exercícios físicos. Fábio Costa, o único a ir para o campo, participou de um recreativo com bola com os reservas. Luxemburgo, gripado e com febre, ficou em repouso no hotel do CT Rei Pelé.
O adversário desta noite já fez história neste ano ao se tornar a primeira equipe venezuelana a vencer na Argentina pela Libertadores ao derrotar (e eliminar) o River Plate na fase de grupos. Agora, quer ser a primeira do país a chegar às quartas-de-final da competição.
O Caracas venceu por 1 a 0 a Unión Maracaibo na primeira partida das finais da Liga Venezuelana. O meia Alejandro Guerra e o zagueiro Leonel Vielma são dúvidas para a partida, mas podem jogar.
