Foi um sufoco para o Santos ganhar do Marília por 3 a 2, neste domingo à tarde, na Vila Belmiro, recuperando-se da derrota diante do Paulista na quinta-feira, em Jundiaí, e permanecendo na luta pelo título paulista. Mas, outra vez, o time ficou devendo futebol. O próximo jogo será contra o América, domingo, em São José do Rio Preto.
O futebol do primeiro tempo foi o retrato de um time ainda em formação, desorganizado e sentindo falta de um melhor condicionamento físico contra um adversário apenas esforçado. Mesmo assim serviu para mostrar que, sob a direção de Luxemburgo Kléber está voltando a mostrar o futebol que já o levou à seleção brasileira, e que Rodrigo Tabata pode ser um titular de alta qualidade no novo Santos.
A tática de Luxemburgo foi manter o time em seu campo, atraindo o adversário para sair em contra-ataques com Kléber e Cléber Santana pela esquerda e Neto e Tabata pela direita. Funcionou em parte, mais em razão de o ala esquerda ter atuado sem marcação.
Logo aos 6 minutos, Kléber viu Tabata entrando pelo meio e pôs a bola na sua cabeça. A defesa do Marília parou para pedir a marcação de impedimento e Tabata concluiu, com um leve toque de cabeça, mandando a bola no ângulo direito do gol de Guto.
Enquanto Tabata voltava para ajudar na marcação do meio-de-campo e organizava o jogo pela direita, Cléber Santana não justifica os elogios que precederam a sua contratação. Lento e alheio ao jogo coletivo, foi um dos responsáveis pelo fraco desempenho do ataque na primeira etapa.
O outro foi Geílson, que, traumatizado pelos gols perdidos diante do Paulista, no meio de semana, não tinha coragem nem para entrar na área.
Com a vantagem no marcador e sem problemas do meio-de-campo para trás, o Santos passou a cadenciar o jogo, permitindo que o Marília ficava mais com a bola. Porém, a partida parecia sob controle, até que, aos 35 minutos, numa cobrança de escanteio pela esquerda, Danilo chutou para o gol e no rebote da defesa, Sandro Gaúcho empatou.
Aos 40, por pouco o Marília não fez 2 a 1, num chute longo de Juninho, e aos 43, em outro cruzamento preciso de Kléber, Jonas marcou o segundo gol santista. O ex-corintiano comemorou erguendo os braços para a torcida, como se tivesse sido o autor do gol.
Luxemburgo trocou Cléber Santana por Wendel e Geílson por Gilmar para o segundo tempo, mas o time não reagiu. Ao contrário. O Marília voltou com maior disposição, criou inúmeras chances para marcar até que, aos 11 minutos, numa falha grotesca de Fábio Costa – tentou evitar o escanteio e deu a bola de graça para Sandro Gaúcho concluir rolar a bola para o gol vazio -, chegou ao empate.
O Marília continuou melhor e pressionando, obrigando Maldonado a jogar como terceiro zagueiro e Fabinho não descer mais para o ataque.
Fábio Costa se redimiu da falha com pelo menos duas grandes defesas e Manzur salvou várias situações de perigo. E foi o paraguaio que salvou o time, marcando, de cabeça, o gol da vitória, aproveitando uma bola cruzada em cobrança de falta de Tabata, aos 26 minutos. Depois o time se defendeu como pôde até o final.