Santa Felicidade começa a consumir gás natural

O Costelão do Amantino é o primeiro restaurante do bairro Santa Felicidade, principal pólo gastronômico de Curitiba, a consumir o gás natural. No fim de semana, o restaurante atendeu o público já com os dois fogões industriais funcionando com o combustível. Cerca de 30 restaurantes fazem parte do Projeto Santa Felicidade, executado pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas), empresa controlada pela Copel.

A ligação do Costelão do Amantino é considerada pela Compagas um marco histórico. "A chegada do gás natural a Santa Felicidade é importante porque ali há a maior concentração de restaurantes de Curitiba. Será o bairro dos restaurantes com gás natural", diz o diretor presidente da Compagas, Rubico Camargo.

As obras do ramal Santa Felicidade foram iniciadas em julho de 2003 e concluídas no final do ano passado. Foram investidos cerca de R$ 3 milhões nos 8,4 km de rede de distribuição e nos ramais. Agora, os restaurantes e postos de combustível da região poderão receber o gás natural. O consumo estimado é de 6 mil m³/dia, contando os mercados comercial e veicular. Desse total, cerca de 2 mil m³/dia serão consumidos pelos restaurantes.

A facilidade de uso (sem precisar trocar cilindros), a segurança e a economia de cerca de 30% proporcionadas pelo gás natural em relação ao gás liquefeito de petróleo (GLP) são os principais fatores que levam os restaurantes a utilizar o combustível.

No caso do Costelão do Amantino, que também é a primeira churrascaria de Curitiba fora de shopping center a utilizar o gás natural, a economia proporcionada em relação ao GLP e a segurança, por não precisar armazenar o combustível, são as principais vantagens. Fundado há 40 anos, o Costelão do Amantino sempre esteve localizado em Santa Felicidade. A chegada do gás natural colaborou para agilizar a produção na cozinha. "O rendimento é muito bom. Podemos cozinhar mais rápido as refeições", afirma o proprietário, Edson Luiz Tulio.

Além de converter de gás liquefeito de petróleo (GLP) para gás natural os dois fogões industriais da cozinha, Edson também passou a utilizar o novo combustível no fogão da sua casa e no da casa da sua mãe. As duas residências ficam no mesmo terreno do restaurante. "O gás natural é mais econômico e bem mais seguro do que ter um botijão em casa".

Outros

Nos próximos dias os restaurantes Caffe Avenida, Skate Burguer e Pistache também começarão a consumir o gás natural. Outros estabelecimentos, como o Cascatinha, Porta Romana, Castelo Trevizzo, Churrascão Colônia, Peixe Frito e Toscana também já fecharam contrato com a Compagas.

O primeiro restaurante da região sul a utilizar o gás natural foi a Galeteria Caxias, localizada na Avenida das Torres, em Curitiba. Especializada em pratos com o ‘galeto primo canto’ (frango com 30 dias e peso aproximado de 600 g),a galeteria substituiu em maio de 2002 por gás natural os 16 botijões de 45 kg de GLP que utilizava mensalmente. Hoje, há mais 16 restaurantes que já consomem o gás natural.

O segmento comercial ? no qual estão incluídos os restaurantes ? é responsável, hoje, pelo consumo diário de cerca de 3 mil m³. Com o início do consumo do ramal Santa Felicidade, a participação desse segmento nas vendas totais da Compagas ? 600 mil m³/dia ? aumentará.

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