O ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, candidato ao governo de Pernambuco pelo PT, disse ontem à noite que processará quem quer que o acuse de qualquer coisa em relação à Operação Sanguessuga, que apura denúncias de fraude envolvendo emendas para compra de ambulâncias, "seja parlamentar, órgãos de imprensa, seja quem for". "Vamos reagir duramente".

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Costa se disse indignado com "as insinuações maldosas, sem qualquer fundamentação, sem provas e acima de tudo dando ares de verdade à palavra de um réu confesso participante de um esquema de corrupção". Ele se referia à reportagem da revista Veja com base em afirmações do empresário, dono da Planam, Luiz Antonio Vedoin.

Costa quer que a CPI aprofunde ao máximo as investigações. "Quero que o Ministério Público, a CPI, a Polícia Federal investiguem, porque nada tenho a temer em relação a essa questão". "A investigação vai demonstrar que todos os recursos liberados foram amparados legalmente. As ambulâncias foram compradas no governo passado, licitadas no governo passado, eram empenhadas no governo passado e eu só tinha a obrigação de pagar sendo amparado pela lei".

Quanto ao seu ex-chefe de gabinete Antonio Alves de Souza, disse: "É uma pessoa de conduta ilibada, um profissional exemplar". O ex-ministro afirmou ser muito simples investigar a acusação de que ele teria sido beneficiado com passagem e hospedagem. "É só recolher o documento que o senhor Vedoin diz que tem ou investigar a relação das pessoas que viajaram em julho de Brasília para o Ceará e se hospedaram naquele hotel. É uma coisa muito simples que dá para ser feita sem precisar ficar enlameando a reputação de quem quer que seja.

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