Sanguessugas: Dilma nega pedido para divulgar nomes

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou hoje, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que o governo tenha orientado a Controladoria-Geral da União (CGU) a divulgar, com objetivo de atacar a oposição, dados sobre parlamentares suspeitos de envolvimento no esquema de fraudes na compra de ambulâncias.

Questionada sobre o mal-estar causado no Congresso pela divulgação dos nomes de quatro parlamentares como envolvidos na fraude, ela disse que querem transformar uma operação do governo em objeto de disputa política."Não queremos fazer disputa nenhuma", afirmou.

Rousseff ressaltou que as investigações sobre o esquema de fraudes começaram na CGU. Ontem, em entrevista à Rádio CBN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dito que foi o governo quem iniciou a apuração das fraudes das ambulâncias.

A ministra negou, também, que tenha recebido orientação de Lula para ressaltar o trabalho da CGU. "Eu estou respondendo a uma pergunta da imprensa sobre sanguessugas", alegou. Quando, em seguida, um repórter observou que ela chegou para a entrevista já com um papel na mão com dados sobre a CGU, Dilma negou que a Casa Civil ou o Planalto tenham entrado em contato com os ex-ministros da Saúde do atual governo Humberto Costa e Saraiva Felipe para obter informações sobre as fraudes.

Na entrevista, Rousseff evitou comentar declarações de Itamar Franco com críticas a Lula e o apoio do ex-presidente ao candidato da coligação PSDB/PFL à Presidência da República e principal adversário de Lula, Geraldo Alckmin. "Essa é uma questão que não deve ser perguntada para mim, mas para ele (Itamar). Não tenho comentários a fazer", esquivou-se a ministra.

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