O ministro das Comunicações, Hélio Costa, rebateu a versão de que a chamada máfia das sanguessugas, que vendia ambulâncias a prefeituras a preços superfaturados, teria atuado também no seu ministério. A suspeita é de desvio de verbas para aquisição de ônibus equipados com computadores (Telecentros Móveis), no âmbito do programa do governo de inclusão digital. Costa ressaltou que, nesses programas, nenhuma compra de equipamentos é feita diretamente pelo Ministério, e sim por prefeituras e entidades conveniadas.

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"Fazemos a assinatura de convênio com as prefeituras e entidades e é de responsabilidade deles fazer as compras, dentro dos parâmetros que estabelecemos. Se eles não fazem isso, têm de devolver os recursos", afirmou.

Ontem, o vice-presidente da CPI Mista dos Sanguessugas, Raul Jungmann (PPS-PE), disse em Cuiabá (MT) que os empresários que participavam do esquema de vendas superfaturadas de ambulâncias a prefeituras pretendiam atuar também no programa de inclusão digital do governo. A suspeita levantada é a de que teria havido irregularidades na compra de um dos Telecentros Móveis. Hélio Costa enfatizou que desde que assumiu o Ministério das Comunicações, somente um Telecentro móvel foi adquirido, em convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O ministro afirmou que deixou de liberar recurso para a compra dessas unidades móveis pelo fato de elas serem muito mais caras do que as fixas. Costa disse que, desde que assumiu o Ministério liberou recursos para instalar entre 250 e 300 Telecentros fixos. "A única coisa que posso fazer é pedir que mandem (a acusação). Pois até agora não encontramos irregularidades. Espero que possa ser informado para tomar as providências", disse. "Vamos apurar, e, se tiver alguma coisa errada, vamos pedir o dinheiro de volta", completou.

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