O deputado federal João Correia (PMDB-AC) iniciou uma greve de fome nesta segunda-feira (11) no plenário da Câmara. O deputado, acusado de ter sido beneficiado pelo esquema dos sanguessugas, disse que a greve de fome é para que seja julgado pelo Conselho de Ética da Câmara e, se possível, pelo plenário. "Estou fazendo isso para ver se consigo ser julgado. Eu quero ser julgado. Eu não tenho competência para conviver com esta suspeita", afirmou.
Correia argumentou que foi o primeiro a entregar sua defesa, o primeiro a ser ouvido pelo Conselho de Ética, o primeiro que colocou seus sigilos à disposição e abriu mão de testemunhas para que seu processo fosse julgado rapidamente. A família Vedoin, dona da Planam, a empresa envolvida no esquema de superfaturamento de ambulâncias, acusou João Correia de ter recebido R$ 10 mil (segundo Darci Vedoin) ou R$ 12 mil (segundo Luiz Antonio Vedoin). O deputado nega ter recebido o dinheiro. Correia afirmou que fez emendas para três prefeituras do Acre que estão sob administração do PT, seus adversários políticos. Ele afirmou que em apenas uma prefeitura a Planam venceu a licitação.
